Franz Müller
Franz Muller | |
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Nascimento | 15 de junho de 1855 Brunswick, Alemanha |
Morte | 30 de maio de 1920 (64 anos) Vila Americana, Brasil |
Cidadania | Brasil |
Cônjuge | Albertine Goetze |
Filho(a)(s) | Hermann, Erich, Hans, Margarete, Franz e Heins |
Ocupação | Empresário |
Comendador Franz Müller (Brunswick, 15 de junho de 1855 - |Vila Americana, 30 de maio de 1920), foi um empresário alemão radicado no Brasil.[1] É lembrado por sua grande contribuição para o desenvolvimento da cidade de Americana.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Chegou ao Brasil em 1879 estabelecendo-se na cidade de Porto Alegre, onde conheceu Albertine Goetze, com quem se casou em 1883 onde tiveram seus primeiros três filhos, Hermann, Erich e Hans.[3]
Em 1889 mudou-se para São Paulo onde foi um dos primeiros a construir residência no nascente bairro de Higienópolis, na Rua Maranhão, 341, onde nasceram mais três de seus filhos, Margarete (também conhecida por Margarida), Franz e Heins, tendo sua casa posteriormente sido tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado.[4]
Destacou-se por relevantes serviços prestados à colônia austríaca, sendo-lhe outorgado o título de Comendador pelo Imperador da Áustria Francisco José I.[3]
Mudança para Carioba
[editar | editar código-fonte]Em 1901 comprou em leilão a Fábrica de Tecidos Carioba, em associação com seu irmão Hermann Theodor e com o capitalista Ingels Rawlinson. A empresa passou a ter como razão social Rawlinson Müller & Cia. A intenção inicial do comendador Müller era recolocar a fábrica em funcionamento para em seguida vendê-la, mas Franz Müller ficou fascinado pela beleza natural do local, na confluência do rio Piracicaba com o ribeirão Quilombo.[1]
“ | A noite está um encantamento, a temperatura é morna e muito agradável, a lua cheia brilha no céu. No horizonte as nuvens sobre as colinas ainda refletem os últimos clarões do sol que já se escondeu. Contra a mata escura se destaca o cintilante Rio Piracicaba. Ouço o sussurro do riacho ao fundo, ao redor é paz e tranquilidade. | ” |
Em 1902 Franz Müller se muda com toda sua família para Carioba e lá manda instalar casas para seus filhos. Foram meses árduos até a recuperação total da fábrica. Além disso o comendador Müller aumentou a Vila Operária. A Vila Operária de Carioba tinha escola, cinema, hotel, bares, açougue, padaria, farmácia, biblioteca, igreja, clube de regatas, campo de futebol, pista com hangar para aviões bem iluminada, etc.[5] Os Müller acreditavam que era necessário unir o capital ao trabalho.[6]
Fazenda Salto Grande
[editar | editar código-fonte]Com a necessidade de expandir a fabrica o comendador Müller compra a fazenda Salto Grande em 1907 e lá constrói a hidrelétrica que fica pronta em 1911. A hidrelétrica também fornecia energia para a Vila Americana e para outros municípios. Foi nesse período que a família adotou o nome de Müller Carioba.[7]
Os últimos tempos de Franz Müller
[editar | editar código-fonte]Em 1919 a fabrica produziu mais de 7 milhões de metros quadrados de tecidos de algodão e empregava 720 operários. Em 30 de maio de 1920 o Comendador Franz Müller Carioba falece e a sua fábrica é passada para seus filhos. Era tão querido e amado que seu busto foi encomendado pelos próprios operários e colocado na praça de Carioba.[8]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «Müller Carioba – Bora». Consultado em 30 de abril de 2023
- ↑ O Liberal. «Carioba se mostra na Casa Hermann Muller». Consultado em 14 de julho de 2019
- ↑ a b «Memoria, imigração e educação : Fabrica de Tecidos Carioba: uma vila industrial paulista no inicio do seculo XX / Maria Jose Ferreira de Araujo Ribeiro.». repositorio.unicamp.br. Consultado em 30 de abril de 2023
- ↑ Condephaat-SP. «São Paulo – Residência R. Maranhão, nº 341». Consultado em 24 de julho de 2019
- ↑ Tudo UP!. «"Nascido em berço esplêndido"». 21 de junho de 2012. Consultado em 14 de julho de 2019
- ↑ O Liberal. «Segunda Guerra deixou feridas no Polo Têxtil». 2 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de julho de 2019
- ↑ Jornal da Unicamp. «A classe operária vai ao paraíso» (PDF). 26 de setembro de 2014. Consultado em 14 de julho de 2019
- ↑ O Liberal. «'Pedacinhos' da antiga vila operária de Americana». 16 de abril de 2017. Consultado em 14 de julho de 2019